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Brasil não tem a menor estrutura para recarga ou usabilidade de carros elétricos e não terá tão cedo

Não há dúvidas de que o carro elétrico é o futuro e estará nas ruas em pouquíssimos anos. Nas ruas dos Estados Unidos, Japão, Alemanha… Aqui não. O Brasil sequer está preparado para os carros mais comuns do mundo que existem hoje. Basta rodar pelos rincões do País para achar postos sem bandeira, combustível adulterado, pistas sem a menor condição de socorro ou suporte e por aí vai.

Se o carro elétrico tiver um “piripaque”, quem vai consertar? E depois, em que local ele será carregado? Eu, por exemplo, não teria coragem de ficar 40 minutos esperando a recarga de um BMW i3, o único modelo elétrico do Brasil, em um posto na Baixada Fluminense carioca, no centrão escondido de Recife, nas vielas de Vitória ou no Capão Redondo, em São Paulo.

Há um grande problema nos apontamentos das montadoras sobre o futuro do carro elétrico que se chama resto do mundo, que não é lá tão civilizado. Decida cruzar o Himalaia, na Índia, de carro e vá com um elétrico. Eu quero ver. Pode ser daqui a três anos, eu quero ver. Não terá como.

Talvez se você usar o carro na cidade de São Paulo ou na Barra da Tijuca (RJ), apenas, ele funcione muito bem e agrade em cheio seu comprador. Mas na medida em que o proprietário se torna refém do que o carro pode fazer, sua funcionalidade fica altamente comprometida.

Assim como o híbrido ainda é hoje um carro para quem tem dinheiro e quer ajudar o planeta com menos poluentes, o carro elétrico, no Terceiro Mundo, será por muitos anos ainda um veículo de nicho, ainda mais restrito que o híbrido.

Baterias do carro elétrico são problema
E há ainda os problemas com as trocas das baterias, que ninguém conseguiu criar uma solução. Para os híbridos atuais, a troca da bateria fica em torno de R$ 50 mil, quase o preço do carro após a desvalorização. Imagina em um elétrico, que tem mais baterias ainda. E eu nem vou falar do custo do carro, que sem incentivo fiscal do governo, não tem conta que feche.

Por isso, se você está animado para comprar um carro elétrico até 2020 no Brasil, saiba desde agora que mesmo lá, daqui a dois anos, ele não vai servir para muita coisa. Ou melhor, não vai servir para nada além de agregar um status ecológico ao se dono. E fim!

Alexandre Feijó
Alexandre Feijó
CONSULTOR DE TRÂNSITO Experiência de mais de 12 anos no ramo. Bacharel em Administração e Gestão em Trânsito pela UNIVALI/SC, Bacharel em Direito pela UNIBAN/SC, atua na área do Direito de Trânsito (recurso administrativo contra suspensão e cassação do direito de dirigir, infrações de trânsito em geral).

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